quarta-feira, 31 de julho de 2013

OBÁ - Obá xirê!!!

Obá


Orixá do rio Níger. Orixá, embora feminina, temida, forte, energética, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos, vencendo na luta, Oxalá, Xangô e Orumilá.
Obá é irmã de Iansã, foi esposa de Ogum e, posteriormente, terceira e mais velha mulher de Xangô. Bastante conhecida pelo fato de ter seguido um conselho de Oxum e decepado a própria orelha para preparar um ensopado para o marido na esperança de que isto iria fazê-lo mais apaixonado por ela. Quando manifestada, esconde o defeito com a mão. Seus símbolos são uma espada e um escudo.
Tudo relacionado a Obá é envolto em um clima de mistérios, e poucos são os que entendem seus atos aqui no Brasil. Certas pessoas a cultuam como se fosse um Xangô fêmea.
Obá e Ewá são semelhantes, são primas. Obá usa a festa da fogueira de Xangô para poder levar suas brasas para seu reino, desta forma é considerada uma das esposas de Xangô mais fieis a ele.
Obá é Orixá ligado a água, guerreira e pouco feminina. Suas roupas são vermelhas e brancas, leva um escudo, uma espada, uma coroa de cobre. Usa um pano na cabeça para esconder a orelha cortada. Conta e lenda que Obá, repudiada por Xangô, vivia sempre rondando o palácio para voltar.


Características
CorVermelha (marrom rajado)
Fio de Contas-
ErvasCandeia, negamina, folha de amendoeira, ipoméia, mangueira, manjericão, rosa branca
Símboloofangi (espada) e um escudo de cobre
Pontos da NaturezaRios de águas revoltas.
Flores-
Essências-
PedrasMarfim, coral, esmeralda, olho de leopardo
Metalcobre
Saúdeaudição, orelha, garganta.
Planeta-
Dia da SemanaQuarta-feira
ElementoFogo
Chakra-
SaudaçãoObá xirê
BebidaChampanhe
AnimaisGalinha d’angola
ComidasAbará - massa de feijão fradinho enrolado em folhas de bananeira; acarajé e quiabo picado.
Numero-
Data Comemorativa30 de maio.
SincretismoSanta Joana d'Arc

Incompatibilidades

Sopa, peixe de água doce

Atribuições
Defende a justiça, procura refazer o equilíbrio.
FONTE: http://www.casaiemanjaiassoba.com.br/indorixas.html

KAÔ KABECILÊ XANGÔ!!

Xangô 


Talvez estejamos diante do Orixá mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele o primeiro Deus Iorubano, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras.
Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido como um Orixá com especial ascendência sobre os demais, em termos hierárquicos. Essa confusão acontece por dois motivos: em primeiro lugar, Xangô é miticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça - representa a autoridade constituída no panteão africano. Ao mesmo tempo, há no norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram trazidos de África. Na mesma linha de uso impróprio, pode-se encontrar a expressão Xangô de Caboclo, que se refere obviamente ao que chamamos de Candomblé de Caboclo.
Xangô é pesado, íntegro, indivisível, irremovível; com tudo isso, é evidente que um certo autoritarismo faça parte da sua figura e das lendas sobre suas determinações e desígnios, coisa que não é questionada pela maior parte de seus filhos, quando inquiridos.
Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal. Ele é o Orixá do raio e do trovão.
Na África, se uma casa é atingida por um raio, o seu proprietário paga altas multas aos sacerdotes de Xangô, pois se considera que ele incorreu na cólera do Deus. Logo depois os sacerdotes vão revirar os escombros e cavar o solo em busca das pedras-de-raio formadas pelo relâmpago. Pois seu axé está concentrado genericamente nas pedras, mas, principalmente naquelas resultantes da destruição provocada pelos raios, sendo o Meteorito é seu axé máximo.
Xangô tem a fama de agir sempre com neutralidade (a não ser em contendas pessoais suas, presentes nas lendas referentes a seus envolvimentos amorosos e congêneres). Seu raio e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados exaustivamente. Seu Axé, portanto está concentrado nas formações de rochas cristalinas, nos terrenos rochosos à flor da terra, nas pedreiras, nos maciços. Suas pedras são inteiras, duras de se quebrar, fixas e inabaláveis, como o próprio Orixá.
Xangô não contesta o status de Oxalá de patriarca da Umbanda, mas existe algo de comum entre ele e Zeus, o deus principal da rica mitologia grega. O símbolo do Axé de Xangô é uma espécie de machado estilizado com duas lâminas, o Oxé, que indica o poder de Xangô, corta em duas direções opostas. O administrador da justiça nunca poderia olhar apenas para um lado, defender os interesses de um mesmo ponto de vista sempre. Numa disputa, seu poder pode voltar-se contra qualquer um dos contendores, sendo essa a marca de independência e de totalidade de abrangência da justiça por ele aplicada. Segundo Pierre Verger, esse símbolo se aproxima demais do símbolo de Zeus encontrado em Creta. Assim como Zeus, é uma divindade ligada à força e à justiça, detendo poderes sobre os raios e trovões, demonstrando nas lendas a seu respeito, uma intensa atividade amorosa.
Outra informação de Pierre Verger especifica que esse Oxé parece ser a estilização de um personagem carregando o fogo sobre a cabeça; este fogo é, ao mesmo tempo, o duplo machado, e lembra, de certa forma a cerimônia chamada ajerê, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma jarra cheia de furos, dentro da qual queima um fogo vivo, demonstrando através dessa prova, que o transe não é simulado.
Xangô portanto, já é adulto o suficiente para não se empolgar pelas paixões e pelos destemperos, mas vital e capaz o suficiente para não servir apenas como consultor.
Outro dado saliente sobre a figura do senhor da justiça é seu mau relacionamento com a morte. Se Nanã é como Orixá a figura que melhor se entende e predomina sobre os espíritos de seres humanos mortos, Eguns, Xangô é que mais os detesta ou os teme. Há quem diga que, quando a morte se aproxima de um filho de Xangô, o Orixá o abandona, retirando-se de sua cabeça e de sua essência, entregando a cabeça de seus filhos a Obaluaiê e Omulu sete meses antes da morte destes, tal o grau de aversão que tem por doenças e coisas mortas.
Deste tipo de afirmação discordam diversos babalorixás ligados ao seu culto, mas praticamente todos aceitam como preceito que um filho que seja um iniciado com o Orixá na cabeça, não deve entrar em cemitérios nem acompanhar a enterros.
Tudo que se refere a estudos, as demandas judiciais, ao direito, contratos, documentos trancados, pertencem a Xangô.
Xangô teria como seu ponto fraco, a sensualidade devastadora e o prazer, sendo apontado como uma figura vaidosa e de intensa atividade sexual em muitas lendas e cantigas, tendo três esposas: Obá, a mais velha e menos amada; Oxum, que era casada com Oxossi e por quem Xangô se apaixona e faz com que ela abandone Oxossi; e Iansã, que vivia com Ogum e que Xangô raptou.
No aspecto histórico Xangô teria sido o terceiro Aláàfin Oyó, filho de Oranian e Torosi, e teria reinado sobre a cidade de Oyó (Nigéria), posto que conseguiu após destronar o próprio meio-irmão Dada-Ajaká com um golpe militar. Por isso, sempre existe uma aura de seriedade e de autoridade quando alguém se refere a Xangô.
Conta a lenda que ao ser vencido por seus inimigos, refugiou-se na floresta, sempre acompanhado da fiel Iansã, enforcou-se e ela também. Seu corpo desapareceu debaixo da terra num profundo buraco, do qual saiu uma corrente de ferro - a cadeia das gerações humanas. E ele se transformou num Orixá. No seu aspecto divino, é filho de Oxalá, tendo Yemanjá como mãe.
Xangô também gera o poder da política. É monarca por natureza e chamado pelo termo obá, que significa Rei. No dia-a-dia encontramos Xangô nos fóruns, delegacias, ministérios políticos, lideranças sindicais, associações, movimentos políticos, nas campanhas e partidos políticos, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral.
 Xangô é a ideologia, a decisão, à vontade, a iniciativa. É a rigidez, organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso social e cultural, a voz do povo, o levante, à vontade de vencer. Também o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das pessoas, o chamado “sangue azul”, o poder de liderança. Para Xangô, a justiça está acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo Rei é mais importante que o medo.
Xangô é um Orixá de fogo, filho de Oxalá com Yemanjá. Diz a lenda que ele foi rei de Oyó. Rei poderoso e orgulhoso e teve que enfrentar rivalidades e até brigar com seus irmãos para manter-se no poder.

Características


Cor
Marrom (branco e vermelho)
Fio de ContasMarrom leitosa
ErvasErva de São João, Erva de Santa Maria, Beti Cheiroso, Nega Mina, Elevante, Cordão de Frade, Jarrinha, Erva de Bicho, Erva Tostão, Caruru, Para raio, Umbaúba. (Em algumas casas: Xequelê)
SímboloMachado
Pontos da NaturezaPedreira
FloresCravos Vermelhos e brancos
EssênciasCravo (flor)
PedrasMeteorito, pirita, jaspe.
Metalestanho
Saúdefígado e vesícula
PlanetaJúpiter
Dia da SemanaQuarta-Feira
ElementoFogo
Chacracardíaco
SaudaçãoKaô Cabecile (Opanixé ô Kaô)
BebidaCerveja Preta
AnimaisTartaruga, Carneiro
ComidasAgebô, Amalá
Numero12
Data Comemorativa30 de Setembro
Sincretismo:São José, Santo Antônio, São Pedro, Moisés, São João Batista, São Gerônimo.
Incompatibilidades:Caranguejo, Doenças
Qualidades:Dadá, Afonjá, Lubé, Agodô, Koso, Jakuta, Aganju, Baru, Oloroke, Airá Intile, Airá Igbonam, Airá Mofe, Afonjá, Agogo, Alafim

 Atribuições

Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilíbrio e eqüidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo


Iansã - Eparrey Oya!!!!

Iansã



Iansã é um Orixá feminino muito famoso no Brasil, sendo figura das mais populares entre os mitos da Umbanda e do Candomblé em nossa terra e também na África, onde é predominantemente cultuada sob o nome de Oiá. É um dos Orixás do Candomblé que mais penetrou no sincretismo da Umbanda, talvez por ser o único que se relaciona, na liturgia mais tradicional africana, com os espíritos dos mortos (Eguns), que têm participação ativa na Umbanda, enquanto são afastados e pouco cultuados no Candomblé. Em termos de sincretismo, costuma ser associada à figura católica de Santa Bárbara. Iansã costuma ser saudada após os trovões, não pelo raio em si (propriedade de Xangô ao qual ela costuma ter acesso), mas principalmente porque Iansã é uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, e o senhor da justiça não atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é a senhora do vento e, conseqüentemente, da tempestade.
Nas cerimônias da Umbanda e do Candomblé, Iansã, ela surge quando incorporada a seus filhos, como autêntica guerreira, brandindo sua espada, e ao mesmo tempo feliz. Ela sabe amar, e gosta de mostrar seu amor e sua alegria contagiantes da mesma forma desmedida com que exterioriza sua cólera.
Como a maior parte dos Orixás femininos cultuados inicialmente pelos iorubás, é a divindade de um rio conhecido internacionalmente como rio Níger, ou Oiá, pelos africanos, isso, porém, não deve ser confundido com um domínio sobre a água.
A figura de Iansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura - enfim, está sempre longe do lar; Iansã não gosta dos afazeres domésticos.
É extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e a multiplicidade de parceiros é uma constante na sua ação, raramente ao mesmo tempo, já que Iansã costuma ser íntegra em suas paixões; assim nada nela é medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. É o Orixá do arrebatamento, da paixão.
Foi esposa de Ogum e, posteriormente, a mais importante esposa de Xangô. é irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso. É dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas  é também dona do teto da casa, do Ilê.
Iansã é a Senhora dos Eguns (espíritos dos mortos), os quais controla com um rabo de cavalo chamado Eruexim - seu instrumento litúrgico durante as festas, uma chibata feita de rabo de um cavalo atado a um cabo de osso, madeira ou metal.
É ela que servirá de guia, ao lado de Obaluaiê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma. Comanda também a falange dos Boiadeiros.
Duas lendas se formaram, a primeira é que Iansã não cortou completamente relação com o ex-esposo e tornou-se sua amante; a segunda lenda garante que Iansã e Ogum, tornaram-se inimigos irreconciliáveis depois da separação.
Iansã é a primeira divindade feminina a surgir nas cerimônias de cultos afro-brasileiros.
Deusa da espada do fogo, dona da paixão, da provocação e do ciúme. Paixão violenta, que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria o desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax. Ela é o desejo incontido, o sentimento mais forte que a razão. A frase estou apaixonado, tem a presença e a regência de Iansã, que é o orixá que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúme doentio, a inveja suave, o fascínio enlouquecido. É a paixão propriamente dita. É a falta de medo das conseqüências de um ato impensado no campo amoroso. Iansã rege o amor forte, violento.


Características
CorCoral (amarelo)
Fio de ContasCoral (marrom, bordô, vermelho, amarelo)
ErvasCana do Brejo, Erva Prata, Espada de Iansã, Folha de Louro (não serve para banho), Erva de Santa Bárbara, Folha de Fogo, Colônia, Mitanlea, Folha da Canela, Peregum amarelo, Catinga de Mulata, Parietária, Para Raio (Catinga de mulata, Cordão de frade, Gerânio cor-de-rosa ou vermelho, Açucena, Folhas de Rosa Branca)
SímboloRaio (Eruexim -cabo de ferro ou cobre com um rabo de cavalo)
Pontos da NaturezaBambuzal
FloresAmarelas ou corais
EssênciasPatchouli
PedrasCoral, Cornalina, Rubi, Granada
MetalCobre
Saúde
PlanetaLua e Júpiter
Dia da SemanaQuarta-feira
ElementoFogo
ChacraFrontal e cardíaco
SaudaçãoEparrei Oiá
BebidaChampanhe
AnimaisCabra amarela, Coruja rajada
ComidasAcarajé (Ipetê, Bobó de Inhame)
Numero9
Data Comemorativa4 de dezembro
SincretismoSta. Bárbara, Joana d’arc.

Incompatibilidades

Rato, Abóbora.
QualidadesEgunitá, Onira, Balé, Oya Biniká, Seno, Abomi, Gunán, Bagán, Kodun, Maganbelle, Yapopo, Onisoni, Bagbure, Tope, Filiaba, Semi, Sinsirá, Sire, Oya Funán, Fure, Guere, Toningbe, Fakarebo, De, Min, Lario, Adagangbará.

Atribuições
Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.



ODUS

Odú é um presságio de um momento do passado ou do presente que poderá alterar ou não um futuro ora, inexistente. O Odú traz em seu conteúdo uma gama de informações sobre uma pessoa, local, situações diversas ou política. Odus são 401 titulares e mais 1200 “omó-odú (sub-Odús)


Quem pode lidar com Odú ?
Lida com Odú somente sacerdotes (Babáolorisás e Yialorisás), Ologbôs, YialéMolés, Oluwôs, Baabalawôs, Ojés, Alagbás e Alapinis. – Todos devem ter esses “graus” comprovados.

Como se propicia um Odú ?
Propicia-se um Odú fazendo-lhe oferendas diversas que variam do conhecimento de cada sacerdote ou especialista. Nunca se despacha um Odú – mesmo ele sendo negativo.

Para descobrir qual é o seu Odu de nascimento faça a seguinte cálculo através da sua data de nascimento.
Primeiro Exemplo: Márcia nasceu dia 25/04/1968
some= 2+5+4+1+9+6+8=35= 8 então seu Odú é Ejionile.
Segundo exemplo: Enzo nasceu 17/01/2010
some: 1+7 +0+1 +2+0+1+0= 12 então o seu Odu é Ejilashebora.
Caso o número obtido seja maior que 16 reduza a um algarismo que de entre 1 e 16.

1. OKANRAN Odu regido por Exu. Você parece ser agressivo, mas na verdade está apenas lutando para preservar a independência da qual muito se orgulha. Você não poupa esforços para atingir seus objetivos, mas deve tomar cuidado para não arrumar inimigos à toa.

2. EJIOKÔ Odu regido pelos Ibejis e Ogun. Você se mostra calmo no comportamento e seguro nas decisões, mas na sua mente sempre existem dúvidas. Não tenha medo de externar estas incertezas. Como muitas pessoas o amam, você acabará recebendo bons conselhos.

3. ETA-OGUNDÁ Odu regido por Ogun e Obaluaiê. A obstinação que se traduz em agitação e inconformismo, é uma das suas principais características. Mas, se usar suas qualidades, como a coragem, criatividade e a perseverança, conseguirá o que mais anseia: o poder e o sucesso.

4. YROSUN Odu regido por Iansã, Iemanjá. Sempre sereno e disposto a ver tudo com muita clareza e objetividade, você sabe resolver situações confusas ou tumultuadas. Tem plena consciência da sua força moral e não hesita em usá-la para atingir todas as suas metas.

5. OXÉ Odu regido por Oxum e Logun Edê. Sensível e sempre atento, você é uma pessoa sempre disposta a proporcionar alegria aos outros. Mas há momentos nos quais você precisa de isolamento para poder refletir, pois preza muito sua liberdade e, sobretudo, seu, crescimento.

6. OBARÁ Odu regido por Oxossi e Xangô. Você luta com unhas e dentes pelo que quer e geralmente consegue muito sucesso material. Mas, no amor precisa entender que não pode exigir demais dos outros.

7. ODI Odu regido por Omolu e Exu. Você realmente está satisfeito com o que consegue. Mas não fica se lamentando. Prefere ir à luta. Caso aprenda com clareza seus objetivos, alcançará grandes êxitos.
São pessoas comunicativas, de fácil amizade, são sempre traídos por amigos, são sentimentais, tem forte poder psíquico e intuitivo. Quando espiritualistas atingem posição de destaque na vida, fora isso levam a vida em duas penas, tendo dificuldade de conviver com os impulsos. São desconfiados, e ciumentos. Tem sorte no jogo. Gostam de adivinhar.

8. EJIONILE Odu regido por Oxaguiãn, Ogun e Xango Airá. Sua agilidade mental faz de você uma pessoa falante e muito ativa. Além disso, você gosta de poder e prestígio e chega a sentir inveja de quem está em melhor situação. Mas seu senso de justiça o impede de prejudicar quem quer que seja.

9. OSÁ Odu regido por Iemanjá e Iansã. Você é uma pessoa que gosta de estudar cuidadosamente todas as coisas e sua larga visão de mundo em busca do conhecimento interior. Se quiser alcançar o sucesso, precisa tomar cuidado de manter alguma ordem no seu dia a dia.

10. OFUN Odu regido por Oxalá. Seu jeitão rabugento é apenas um escudo para que os outros não abusem da sua boa vontade e sensibilidade. No fundo, você é uma pessoa serena, que se adapta aos autos e baixos da vida.

11. OWANRIN Odu regido por Iansã, Ogun e Exu. A pressa e a coragem são suas características. Tenso e agitado, você nunca fica muito tempo no mesmo lugar, a não ser que se sinta obrigado. Pode não obter grande sucesso material, mas a vida sempre lhe reserva muitas alegrias.

12. EJILAXEBORÁ Odu regido por Xangô. Sua principal virtude é o amor à justiça, que algumas vezes se transforma em intolerância com os erros alheios. Nessas ocasiões, você deve se voltar para outras de suas qualidades: a dedicação, que lhe permite ajudar todas as pessoas.

13. EJI-OLOGBON Odu regido por Nanã e Obaluaiê. Você está quase sempre um pouco deprimido. Só faz o que quer quando quer o como quer. Mas, como tem grande capacidade de reflexão, acaba se adaptando e consegue viver bem com os outros.

14. IKÁ-MEJI Odu regido por Oxumarê. Paciência e sabedoria são suas principais características. Versátil, você se dá bem em qualquer atividade. Poderá passar por provações materiais e sentimentais, mas sempre saberá reencontrar o caminho para felicidade.

15. OBE-OGUNDÁ Odu regido por Ogun, Iemanjá, Omolu e Obá. Você uma pessoa rebelde e cheia de vontades, que muitas vezes não resiste a defender seu ponto de vista mesmo depois que percebe que está errado. Por isso, deve tomar cuidado para não se deixar dominar pelo nervosismo.

16. ALAFIÁ Odu regido por Oxalá e Orumilá. Suas principais características são a tranqüilidade e alegria. Amante da paz, você cria um clima de harmonia á sua volta. Se mantiver o equilíbrio, sem dúvida alcançará o sucesso.
-

Mais informaçoes:
http://www.yorubana.com.br/odus.asp

Fonte: Portal do yawo

terça-feira, 30 de julho de 2013

Sacrifício de Animais não é tudo!


No meu livro "Umbanda Omolocô - Liturgia, Rito e Convergência na visão de um adepto"tem um capítulo inteiro dedicado ao rito de sacrifício de animais. Na verdade realizo uma defesa da necessidade de sua utilização, tentando fundamentá-lo e apresentando, ao meu ver, argumentos consistentes para sua existência.



Assunto polêmico nas rodas umbandistas, tema sem consenso para muitos, não desejo entrar aqui, de forma nenhuma, na validade de seu uso e prática.
O meu intuito é chamar a atenção para um fenômeno que começa a me preocupar como estudioso umbandista, o uso indiscriminado do sacrifício de animais na rotina dos trabalhos espirituais das casas que o praticam.

É incrível como em alguns locais não se faz mais nada, sem que não se tenha um sacrifício de animal pelo meio. Para solucionar qualquer tipo de problema realize uma consulta e depois mate um ou mais bichinhos! Parece que esta passou ser a lei em determinados terreiros.

Não estou falando aqui de sacrifício de bicho de quatro pés (boi, cabra, bode) estou falando do que é mais fácil, cômodo, rápido e lucrativo de se sacrificar o cocoricó, o frango ou a galinha, ou seja, bicho de dois pés.

Nestes recantos que apregoam o sacrifício de animais como solução para todos os males, o axé vermelho (sangue) passou a ser o alimento (oferenda) indispensável, principalmente para Exús, Pomba-giras e os Orixás.
Diante desta realidade, alerta, DIETA JÁ!!! Tem exús ficando preguiçosos de tanto serem alimentados, pomba-giras reclamando dos quilinhos a mais e Orixás se perguntando se este cardápio não muda.

Brincadeiras a parte, cadê as milhares de formas existentes de trabalhos, dentro da riqueza dos nosssos ritos? Cadê as comidas de santo? Os pontos riscados e os ponteiros? Os descarregos de pólvora e os pontos de fogo? A utilização dos elementos da natureza (folhas, ervas, águas, sementes etc.)? Onde foram parar as rezas fortes, os benzimentos, as giras com velas, os trabalhos realizados pela incorporação de entidades, que fazem suas mirongas utilizando vários objetos, sem que necessariamente exista como componente básico o axé vermelho?

Minha gente, o rito de sacrifícios de animais é um ritual de EXCEÇÃO, ou seja, deve ser utilizado somente em casos especiais, situações a margem do normal, após o estudo minuncioso de um caso em particular, ou em rituais específicos e em última instância.

E mesmo assim, se houver um outro caminho, que exista a ponderação de deixá-lo de lado. Por ser perigoso ou incorrer em algum risco? Poderia ser formulado esta pergunta e a resposta seria NÃO!
Tradicionalmente, historicamente, e mesmo como manipulação de determinadas leis magísticas, o derramamento do axé vermelho cumpre o seu papel, tem sua validade e sobrevive, por isso, até hoje.

Engraçado é que terreiros que durante boa parte da sua existência nunca fizeram uso do rito de sacrifício de animais e que por mudança de ritual ou por outro motivo qualquer, passaram a incorporar esta tradição, consideram este fato como uma conquista evolutiva. A bem da verdade, não pode existir evolução espiritual nenhuma ao se dispor da vida de um ser vivo, mesmo que este esteja em uma condição inferior na escala evolutiva.

O pior é que se você for bem mais a fundo em determinados casos, da para perceber que o uso indiscriminado do sacrifício de animais em alguns terreiros existe por conta dos seguintes pontos:
a) É um ritual que provoca um impacto para o consulente;
b) É um rito complexo, que muitas vezes, envolve uma certa quantidade de outros materiais, na maioria das vezes comprado no terreiro, onde se está sendo feito o trabalho, a um custo muito superior ao de mercado;
c) É um rito que gera uma salva ou mão como se fala comumente (pagamento em dinheiro) por corte (animal sacrificado);
d) E, por fim, as partes do animal sacrificado que não são usados, ficam geralmente para a casa, em vez de serem distribuídos com os mais carentes.

Tem gente enriquecendo com isto, tem gente que não sabe fazer mais nada que não envolva este rito, tem que gente que somente encontra solução de alguma coisa se praticar este rito.

Com tudo que expus, quero deixar, bem claro, que se o rito de sacrifício de animais é uma exceção, exceção também são os terreiros que trabalham errado, da forma como descrevi acima.

É fato caro leitor, que dentro do universo umbandista, dos cultos afrobrasileiros e do Candomblé milhares de locais trabalham com este ritual de forma responsável e colocando-o no seu devido papel de rito especial. Outra coisa, evidentemente existem milhares de locais, principalmente no movimento umbandista, que não se utilizam deste ritual e nem por isso os trabalhos por eles realizados tem pouco ou mais valor do que o dos outros.

Como adepto do Culto Omolocô tenho a experiência deste ritual no dia-a-dia da minha vida religiosa, escrevi uma defesa ferrenha no livro citado, acredito na sua utilidade, embora, como também deixei bastante destacado no livro, tenho certeza, que em um futuro bem próximo este rito será substituído por formas mais evoluídas de ritual, não envolvendo mais o sacrifício de animais.

Em, outras palavras, se como adepto cumpri o meu papel de validar o uso responsável deste ritual, fundamentando-o e demonstrando uma linha de raciocínio lógico para sua existência, como cidadão planetário e espírito em evolução, como todos os que se encontram neste planeta, não me vejo em contradição ao afirmar que Sacrifício de Animais não é tudo!
Acreditar na faca como objeto útil para ajudar a cortar o alimento que me mata a fome, não significa aceitar que se use ela para tirar a vida de alguém!
PAI CAIO DE OMULU
IMAGEM DO FILME: O Jardim Das Folhas Sagradas.





Tempo/Irôko e Ifá/Orumilá

Tempo/Irôko e Ifá/Orumilá

Tempo /Irôko

Tempo ou Loko é um orixá originário de Íwerè, região que fica ao leste de Oyó na Nigéria, tão importante que ele é um orixá (e os africanos a muito sabem disso).
Tem um dito que diz "O tempo dá, o tempo tira, o tempo passa e a folha vira", muitas vezes precisamos que o tempo nos seja favorável, e outras não, quero dizer, precisamos de tempo curto ou longo, com o bom uso do tempo, muitas coisas se modificam, ou podemos modificar.
Irôko tem um temperamento estável, de caráter firme e em alguns casos violento.
Na Nigéria, Irôko é cultuado numa árvore que tem o mesmo nome. Porém, no Brasil esta árvore foi substituída pela gameleira-branca que apresenta as mesmas características da árvore usada na África. É nesta árvore, a gameleira-branca, que fica acentuado o caráter reto e firme do orixá pois suas raízes são fortes, firmes e profundas.
Irôko foi associado ao vodun daomeano Loko dos negros de dinastia Jeje e ainda ao inkice Tempo, dos negros bantos.
Irôko, na verdade, é o orixá dos bosques nigerianos, onde lá na Nigéria é muito temido, porque como conta um itan, ninguém se atrevia a entrar num bosque sem antes reverenciá-lo. No Brasil, é nos pés da gameleira-branca que fica seu assentamento e também é ali que são oferecidas suas oferendas.
Sua cor é o branco e ainda usa palha da costa em sua vestimenta. Sua comida é o ajabó, o caruru, feijão fradinho, o deburu, o acaçá, o ebô e outras.
Em geral na frente das grandes casas de Candomblé, principalmente em Salvador, existe uma grande árvore com raízes que saem do chão, e são envoltas com um grande Alá (pano branco), este é Iroko, que é tido com árvore guardiã da casa de Candomblé pois ter esta árvore plantada no terreno da casa de Candomblé representa força e poder..
Este orixá é conhecido na angola como Maianga ou Maiongá.

QUEM DIRIA: O sal grosso tem o mesmo comprimento de ondas da cor violeta.


Vasculhando o Facebook a gente sempre encontra coisas interessantes.
Por exemplo, nunca soube exatamente o porquê de tanta gente usar sal grosso pra se livrar de coisas negativas.
Daí o artigo científico "facebookiano" diz que é cientificamente provado que o sal grosso teria o mesmo comprimento de onda da cor violeta, capaz de neutralizar campos magnéticos negativos.
Visto ao microscópio, o sal bruto revela que é um cristal, formado por pequenos quadrados ou cubos achatados.
Como o sal é um cristal, ele emite ondas eletromagnéticas que podem ser medidas pelos radiestesistas.
Purifica a casa
O sal grosso também é usado como purificador de ambientes.
Isso porque as energias densas costumam se concentrar nos cantos da casa, por isso, colocar um copo de água com sal grosso, ou sal de cozinha, equilibra essas forças e deixa a casa mais leve.
Quando se formam bolhas é hora de renovar a salmoura.
A mistura de água e sal também é capaz de puxar os íons positivos, isto é, as partículas de energia elétrica da atmosfera, e reequilibrar a energia dos ambientes.
Em locais fechados, escuros ou mesmo antes de uma tempestade, esses íons têm efeito intensificador e podem provocar tensão e irritação.
A prática simples de purificação com água e sal deve ser feita à menor sensação de que o ambiente está carregado, depois de brigas ou à noite, no quarto, para que o sono não seja perturbado.
Ouro Branco
O sal grosso já foi considerado o ouro branco (salmoura para conservar alimentos). 
Os povos foram desenvolvendo técnicas de usar o sal, como as abaixo descritas:
Combate à inveja
Uma pitada de sal sobre os ombros afasta a inveja.
Para espantar o mau-olhado ou evitar visitas indesejáveis, caboclos e caipiras costumam colocar uma fileira de sal na soleira da porta, ou um copo de salmoura do lado esquerdo da entrada.
A mistura de sal com água ou álcool absorve tudo de ruim que está no ar, ajuda a purificar e impede que a inveja, o mau-olhado e outros sentimentos inferiores entrem na casa.
Depois de uma festa, lave todos os copos e pratos com sal grosso para neutralizar a energia dos convidados, purificando a louça para o uso diário.
Na tradição africana, quando alguém se muda, as primeiras coisas a entrar na casa são: um copo de água e outro com sal.
Usam sal marinho seco, num pires branco atrás da porta para puxar a energia negativa de quem entra.
Também tomam banho com água salgada com ervas para renovar a energia interna e a vontade de viver. 

FONTE: Por Andréa Fassina.

Sou como a água......

Nenhuma barreira poderá represar-me e impedir que me torne um oceano.
Se barrarem minha passagem colocando grandes pedras no meu leito converter-me-ei em torrente, em cachoeira, e saltarei impetuoso.
Se me fecharem todas as saídas,eu me infiltrarei no subsolo.
Permanecerei oculto por algum tempo mas não tardarei a reaparecer.
Em breve estarei jorrando através de fontes cristalinas para saciar a sede dos transeuntes.
Se me impedirem também de penetrar no subsolo, eu me transformarei em vapor, formarei nuvens e cobrirei o céu.
E, chegando a hora, atrairei furacão, provocarei relâmpagos, desabarei torrencialmente, inundarei e romperei quaisquer diques e serei finalmente um grande oceano.
Massaharu Taniguchi

Arrobobô Oxumaré!!!

Oxumarê


 
Oxumarê, filho mais novo e preferido de Nanã, irmão de Omulu. É uma entidade branca muito antiga, participou da criação do mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria e dando forma ao Mundo. Sustenta o Universo, controla e põe os astros e o oceano em movimento. Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales e rios. É a grande cobra que morde a cauda, representando a continuidade do movimento e do ciclo vital. A cobra é dele e é por isso que no Candomblé não se mata cobra. Sua essência é o movimento, a fertilidade, a continuidade da vida.
A comunicação entre o céu e a terra é garantida por Oxumarê. Leva a água dos mares, para o céu, para que a chuva possa formar-se - é o arco-íris, a grande cobra colorida. Assegura comunicação entre o mundo sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso à associa do ao cordão umbilical.
Oxumarê é um Orixá bastante cultuado no Brasil, apesar de existirem muitas confusões a respeito dele, principalmente nos sincretismos e nos cultos mais afastados do Candomblé tradicional africano como a Umbanda. A confusão começa a partir do próprio nome, já que parte dele também é igual ao nome do Orixá feminino Oxum, a senhora da água doce. Algumas correntes da Umbanda, inclusive, costumam dizer que Oxumarê é uma das diferentes formas e tipos de Oxum, mas no Candomblé tradicional tal associação é absolutamente rejeitada. São divindades distintas, inclusive quanto aos cultos e à origem.
Em relação a Oxumarê, qualquer definição mais rígida é difícil e arriscada. Não se pode nem dizer que seja um Orixá masculino ou feminino, pois ele é as duas coisas ao mesmo tempo; metade do ano é macho, a outra metade é fêmea. Por isso mesmo a dualidade é o conceito básico associado a seus mitos e a seu arquétipo.
Essa dualidade onipresente faz com que Oxumarê carregue todos os opostos e todos os antônimos básicos dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo, etc.
Nos seis meses em que é uma divindade masculina, é representado pelo arco-íris, sendo atribuído a Oxumarê o poder de regular as chuvas e as secas, já que, enquanto o arco-íris brilha, não pode chover. Ao mesmo tempo, a própria existência do arco-íris é a prova de que a água está sendo levada para os céus em forma de vapor, onde se aglutinará em forma de nuvem, passará por nova transformação química recuperando o estado líquido e voltará à terra sob essa forma, recomeçando tudo de novo: a evaporação da água, novas nuvens, novas chuvas, etc.
Nos seis meses subseqüentes, o Orixá assume forma feminina e se aproxima de todos os opostos do que representou no semestre anterior. É então, uma cobra, obrigado a se arrastar agilmente tanto na terra como na água, deixando as alturas para viver sempre junto ao chão, perdendo em transcendência e ganhando em materialismo. Sob essa forma, segundo alguns mitos, Oxumarê encarna sua figura mais negativa, provocando tudo que é mau e perigoso.
Não podemos nos esquecer de que tanto na África, como especialmente no Brasil, a população negra, foi continuamente assediada pela colonização branca. Uma das formas mais utilizadas por jesuítas para convencer os negros, era a repressão física, mas para alguns, não bastava o medo de apanhar. Eles queriam a crença verdadeira e, para isso, tentaram explicar e codificar a religião do Orixás segundo pontos de vista cristãos, adaptando divindades, introduzindo a noção de que os Orixás, seriam santos como os da Igreja Católica. Essa busca objetiva do sincretismo sem dúvida foi esbarrar em Oxumarê e na cobra - e não há animal mais peçonhento, perigoso e pecador do que ela na mitologia católica.
Por isso, não seria difícil para um jesuíta que acreditasse sinceramente nos símbolos de sua visão teológica. Reconhecer na cobra mais um sinal da presença dos símbolos católicos na religião do Orixás e nele reconhecer uma figura que só poderia trazer o mal.
Na verdade, o que se pode abstrair de contradições como as que apresenta Oxumarê é que este é o Orixá do movimento, da ação, da eterna transformação, do contínuo oscilar entre um caminho e outro que norteia a vida humana. É o Orixá da tese e da antítese. Por isso, seu domínio se estende a todos os movimentos regulares, que não podem parar, como a alternância entre chuva e bom tempo, dia e noite, positivo e negativo. Conta-se sobre ele que, como cobra, pode ser bastante agressivo e violento, o que o leva a morder a própria cauda. Isso gera um movimento moto-contínuo pois, enquanto não largar o próprio rabo, não parará de girar, sem controle. Esse movimento representa a rotação da Terra, seu translado em torno do Sol, sempre repetitivo- todos os movimentos dos planetas e astros do universo, regulados pela força da gravidade e por princípios que fazem esses processos parecerem imutáveis, eternos, ou pelo menos muito duradouros se comparados com o tempo de vida médio da criatura humana sobre a terra, não só em termos de espécie, mas principalmente em termos da existência de uma só pessoa. Se essa ação terminasse de repente, o universo como o entendemos deixaria de existir, sendo substituído imediatamente pelo caos. Esse mesmo conceito justifica um preceito tradicional do Candomblé que diz que é necessário alimentar e cuidar de Oxumarê muito bem pois, se ele perder suas forças e morrer, a conseqüência será nada menos que o fim da vida no mundo.
Seu domínio se estende a todos os movimentos regulares que não podem parar, como a alternância entre o dia e a noite, o bom e o mal tempo (chuvas) e entre o bem e o mal (positivo e negativo).
Enquanto o arco-íris traz a boa notícia do fim da tempestade, da volta do sol, da possibilidade de movimentação livre e confortável, a cobra é particularmente perigosa para uma civilização das selvas, já que ela está em seu habitat característico, podendo realizar rápidas incertas.
Pierre Verger acrescenta que Oxumarê está associado ao misterioso, a tudo que implica o conceito de determinação além dos poderes dos homens, do destino, enfim: É o senhor de tudo o que é alongado. O cordão umbilical, que está sob seu controle, é enterrado geralmente com a placenta, sob uma palmeira que se torna propriedade do recém-nascido, cuja saúde dependerá da boa conservação dessa árvore.

Características

CorVerde e amarelo (cores do arco-íris, ou, amarelo rajado de preto)
Fio de ContasVerde e amarelo
ErvasMesmas de Oxum
SímboloCobra e Arco-Íris.
Pontos da NaturezaPróximo da queda da cachoeira.
FloresAmarelas
Essências-
PedrasÁgata. (Topázio, esmeralda, diamante)
MetalLatão (Ouro e Prata mesclados)
Saúdepressão baixa, vertigens, problemas de nervos, problemas alérgicos e de pele
Planeta-
Dia da SemanaTerça-feira
ElementoÁgua
ChakraLaríngeo
SaudaçãoArrobobô
BebidaÁgua Mineral
AnimaisCobra
ComidasBatata doce em formato de cobra, bertalha com ovos
Numero14
Data Comemorativa:24 de agosto
Sincretismo:São Bartolomeu
Incompatibilidades:sal, água salgada

Atribuições
Oxumarê, é a renovação continua, mas em todos os aspectos e em todos os sentidos da vida de um ser. É a renovação do amor na vida dos seres. E onde o amor cedeu lugar à paixão, ou foi substituído pelo ciúme, então cessa a irradiação de Oxum e inicia-se a dele, que é diluidora tanto da paixão como do ciúme. Ele dilui a religiosidade já estabelecida na mente de um ser e o conduz, emocionalmente, a outra religião, cuja doutrina o auxiliará a evoluir no caminho reto.

FONTE: CASA IEMANJÁ SOBÁ

segunda-feira, 29 de julho de 2013

O uso do álcool e do fumo na Umbanda.



Muito se comenta, se fala ou critica-se o uso de bebidas alcoólicas nos trabalhos de Umbanda;

Nos hospitais não se usa o álcool para limpar as mãos antes de ter contato com algum enfermo?

Não se usa álcool para limpeza de equipamentos hospitalares?

Ele serve para desinfetar nossas mãos ou materiais a serem usados de bactérias que podem ser nocivas a nós ou ao enfermo.

O mesmo se faz nos trabalhos, o álcool serve para desintegrar energias nocivas impregnada nas pessoas e assim como as bactérias não são visíveis ao olho humano, mas estão ali.

É obvio que nossos queridos Pretos Velhos, Caboclos, Baianos, Marinheiros, Compadres e todos os outros não bebem porque gostam, porque ainda tem algum apego a esse ato, mas sim para limparem a pessoa.

Não penso que quando algum guia abusa no uso da bebida, devamos perguntar-lhe qual o motivo, não acho que devamos lembrá-lo que ele precisa deixar seu médium limpo.

Penso que o guia nunca abusa, ele usa o que precisa, o abuso em minha opinião vai do médium, pois como sabemos hoje a maioria de nós médiuns somos conscientes.

Como disse o guia usa o necessário, mas nós podemos querer mais, mostrar que nosso guia é forte e elegante segurando uma taça de vinho, ou um copo de bebida destilada.

Pura inexperiência, com certeza no dia seguinte não passaremos um bom dia, imaginemos que temos um carro e nele cabem cinco pessoas, mas precisamos colocar 10 pessoas ali, impossível, o mesmo acontece nos trabalhos, se nosso guia usou dois copos de vinho, ele ira levar os mesmos dois embora, ficando o que bebemos daí para frente sobre nossa responsabilidade.

Com o tempo com certeza nossos médiuns mais novos vão aprendendo a controlar essa ânsia, mas o mais importante em minha opinião é não culpar o guia, dizendo que ele não levou tudo embora, isso é uma covardia, é fácil usar essa desculpa, difícil é assumir nossa falha...

Isso acontece mais frequentemente do que imaginamos, o importante é tirar lição disso e ter certeza que os trabalhos de Umbanda são sérios, erros todos cometemos, mas persistir no erro ai sim o médium estará se desvirtuado.

Confesso que a uns cinco anos após um trabalho de Marinheiros, passei por essa experiência, foi muito confusa, muito constrangedora para mim, pois sei que falhei, mas em momento algum cobrei meu querido amigo Zé do Porto por isso. Daí para frente meu controle melhorou e graças a Oxalá não passei mais por isso.

Assumir uma falha como essa é difícil, mas necessário para outros não passem pela mesma situação.

Pai Joãozinho Galerani
Jornal Nacional da Umbanda - Edição 29

Atôtô (Significa “Silêncio, Respeito”)

Obaluaiê


Na Umbanda, o culto é feito a Obaluaiê, que se desdobra com o nome de Omulu. Orixá originário do Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais.
Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).
Ambos os nomes surgem quando nos referimos à esta figura, seja Omulu seja Obaluaiê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá.
São também comuns as variações gráficas Obaluaê e Abaluaê.
Um dos mais temidos Orixás, comanda as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação com a morte. Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa, em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol. Seu símbolo é o Xaxará - um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios.
Em termos mais estritos, Obaluaiê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omulu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Obaluaiê é a que mais se vê. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha.
A figura de Omulu/Obaluaiê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.
Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola, tal visão porém, é uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente era a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omulu/Obaluaiê, o Daomé.
Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omulu/Obaluaiê é uma criatura da cultura jêje, posteriormente assimilada pelos iorubás. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanos, as figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças.
A visão de Omulu/Obaluaiê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubás.
Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a iorubá, o que pode ser sentido em seus mitos: A antigüidade dos cultos de Omulu/Obaluaiê e Nanã (Orixá feminino), freqüentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum.
Como parte do temor dos iorubás, eles passaram a enxergar a divindade (Omulu/Obaluaiê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos chamar de malignação de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Ossãe). Omulu/Obaluaiê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.
Obaluaiê, o Rei da Terra, é filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJA que o acolheu quando a mãe rejeitou-o por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e quente. É às vezes chamado "o velho", com todo o prestígio e poder que a idade representa no Candomblé. Está ligado ao Sol, propicia colheitas e ambivalentemente detém a doença e a cura. Com seu Xaxará, cetro ritual de palha da Costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos eleitos, pelos quais Omulu quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente consagrado a Omulu, que é chamado "médico dos pobres".
Suas relações com os Orixás são marcadas pelas brigas com Xangô e Ogum e pelo abandono que os Orixás femininos legaram-lhe. Rejeitado primeiramente pela mãe, segue sendo abandonado por Oxum, por quem se apaixonou, que, juntamente com Iansã, troca-o por Xangô. Finalmente Obá, com quem se casou, foi roubada por Xangô.
Existe uma grande variedade de tipos de Omulu/Obaluaiê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omulu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.
Esta Grande Potência Astral Inteligente, quando relacionado à vida e à cura, recebe o nome de Obaluaiê. Tem sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta Irradiação ou Linha, trabalhadores do Grande Laboratório do Espaço e verdadeiros cientistas, médicos, enfermeiros etc., que preparam os espíritos para uma nova encarnação, além de promoverem a cura das nossas doenças.
Atuam também no plano físico, junto aos profissionais de saúde, trazendo o bálsamo necessário para o alívio das dores daqueles que sofrem.
O Senhor da Vida é também Guardião das Almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do desencarne, são eles, os falangeiros de Omulu, que vêm nos ajudar a desatar nossos fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo material.
Os comandados de Omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo etérico daqueles que estão em vias de falecerem ou falecidos.

Características

CorPreto e branco
Fio de ContasContas e Miçangas Pretas e Brancas leitosas.
ErvasCanela de Velho, Erva de Bicho, Erva de Passarinho, Barba de Milho, Barba de Velho, Cinco Chagas, Fortuna, Hera. (cuféia -sete sangrias, erva-de-passarinho, canela de velho, quitoco, Zínia)
SímboloCruz
Pontos da NaturezaCemitério, grutas, praia
FloresMonsenhor branco
EssênciasCravo e Menta
PedrasObsidiana, Ônix, Olho-de-gato
MetalChumbo
SaúdeTodas as partes do corpo (É o Orixá da Saúde)
PlanetaSaturno
Dia da SemanaSegunda-feira
ElementoTerra
ChakraBásico
SaudaçãoAtôtô (Significa “Silêncio, Respeito”)
BebidaÁgua mineral (vinho tinto)
AnimaisGalinha d’angola, caranguejo e peixes de couro, cachorro.
ComidasFeijão preto, carne de porco, Deburú - pipoca, (Abadô - amendoim pilado e torrado; latipá - folha de mostarda; e, Ibêrem - bolo de milho envolvido na folha de bananeira)
Número3
Data Comemorativa16 de Agosto (17 de Dezembro)
Sincretismo:São roque (São Lázaro).
Incompatibilidades:Claridade, sapos

terça-feira, 2 de julho de 2013

EXUS GUARDIÕES


OS EXUS GUARDIÕES

Das entidades de umbanda Exu é que mais polêmica e discussão geram entre curiosos e até mesmo integrantes dos Cultos de Umbanda.

Para começar diremos que EXU NÃO É:

Uma entidade trevosa que realiza desejos escusos. Exu não tem nada a ver com as imagens comercializadas. Não é vingativo, violento e cruel. Não usa capa vermelha ou preta. Não tem "pé" de bode. Não é todo vermelho. Não tem rabo e nem chifres. Não come galinha ou carnes cruas. Nem bebem até deixar seus "cavalos" sem condições de andar.

Não negamos que existem entidades que se apresentam ou sejam até mais horrendas do que as imagens de mau gosto encontrado nas casas de artigos religioso, mas estas entidades com toda certeza não são Exus.

Exu, na realidade é guardião da Luz para as Sombras, e das Sombras para as Trevas, e é ele que COMBATE às entidades que possuem as formas mais horrendas e esquisitas. Estes seres ainda encravados no mal são os chamados KIUMBAS e são violentos, vingativos e cruéis.

Tais criaturas são atraídas de suas covas no SUBMUNDO ASTRAL pelas nossas próprias atitudes e sentimentos inferiores, sendo que os EXUS SÃO COMO GUERREIROS, que impedem o acesso destes seres às zonas mais superiores, e estes Kiumbas, quando podem, mistificam os Exus, ou mesmo Caboclos, Pais-Velhos, e Crianças.

E como reconhecer um Exu de fato e de direito? Simples:

O verdadeiro guardião não deixa seu médium torto, com expressão de ódio no rosto, não fica com os dedos em forma de garras, e não se arrasta no chão. Exu de Umbanda não fala palavrões de deixar cabelo em pé, não é "doidinho" por marafo (pinga) e sangue e não aceita entregas em encruzilhadas de rua ou cemitérios. Quem aceita estas coisas nestes locais, são os já citados Kiumbas, que são os que gostam de galo e galinha pretos na encruza.

Portanto CUIDADO irmão de fé, não ofereça sangue ou animais nas ruas, pois poderá levar estas entidades para suas casas, o que lhe trará os maiores dissabores e problemas.

Os preceitos para Exu são entregues nas encruzilhadas das matas e campina, e sempre com elemento sutis. Exu de Umbanda não pode ser comprado com bagatelas e Exu nenhum de verdade aceita realizar trabalhos para matar ou prejudicar alguém.

Como sabemos Exu é justo, ou seja, está ligado aos conceitos do "Quem deve paga, e quem merece recebe". 

Por isso não existe aquela história de fazer amizade com Exu, para conseguir isto ou aquilo. Com isso, não queremos dizer que Exu é uma entidade boazinha, mas pensem um pouco, que lógica tem baixar em um terreiro Caboclo, Pai-Velho, Criança para fazer a caridade, e no mesmo terreiro baixar Exu para praticar o mal.

Exu é de serventia de Caboclo, Pai-Velho e Criança, sim, mas única e exclusivamente para que seja cumprida a JUSTIÇA KÁRMICA, POIS EXU NÃO É BOM NEM MAL, É APENAS JUSTO.

Por isso devemos tomar cuidado com o que pedimos para Exu, pois quem não sabe o que pede, não sabe o que quer, e o que irá receber, e muito menos o que MERECE receber. Exu só trabalha com o consentimento de entidades superiores e única e exclusivamente dá alguma coisa a alguém se o merecimento deste alguém estiver de acordo com a Justiça Kármica.

Exu não costuma ficar "jogando conversa fora", ele vai direto ao assunto, orientando e conduzindo aquilo que tem que ser feito, pois não é só esta a função de Exu.

EXU É TAMBÉM O AGENTE DA MAGIA, é ele quem executa os processos mais sutis da MAGIA DA UMBANDA. Só por isso já podemos deduzir que, para executar a magia e a justiça kármica, não poderiam ser entidades irresponsáveis e muito menos entidades inferiores.

Exu também não pede que seus médiuns se vistam de "galãs" deternos, ou de preto e vermelho, e não realiza sessões "fechadas", onde até o sexo é praticado em nome de Exu, como sabemos que acontece em muitos terreiros ditos de "Umbanda".

Outra distorção que existe é a respeito do Exu Sra Pomba-Gira. Este é um Exu feminino e muitos a colocam com se fosse prostituta, uma mulher da vida. A Sra. POMBA GIRA É UMA EXU GUARDIÃO DOS MAIS SÉRIOS em de promover a bagunça à orgia, como muitos desejam, ela combate todas as perturbações relacionadas com o lado sexual, combatendo os Magos Negros e seus Kiumbas.

Assim como na Umbanda existem sete Orixás Menores Chefes de legião, na Kimbanda (que muitos confundem com Magia Negra e praticas da Kiumbanda) existem sete Exus Guardiões da Luz para as sombras.



Obs. Os irmãos que quiserem se aprofundar no assunto, indicamos o Livro EXU O GRANDE ARCANO   (F.Rivas Neto) editora Ícone. É muito esclarecedor !

Material retirado do livro: CULTURA UMBANDÍSTICA -  Brasão de Freitas / Roger T. Soares / William C. Oliveira.-Ed. Ícone - 1994.

Pesquisa realizada no site Pai Joaquim de Aruanda...Axé!


segunda-feira, 1 de julho de 2013

CAMBONOS OS MÉDIUNS DE SUSTENTAÇÃO

Cambono é um secretário das entidades. Ele zela pelo bom atendimento, ajuda a dinamizar as consultas, facilita o trabalho das entidades e serve também como intérprete destas.

O Cambono num trabalho é de estrema importância, ele é a ponte entre o consulente e a entidade. Muitas vezes o atendido não consegue entender o que a entidade diz ou até mesmo ao contrário.

A ele compete a discrição dos comentários feitos ou segredos revelados pelo consulente.

O cambono, na verdade, é um médium em desenvolvimento ou que não incorpora. Também podem ser utilizados os outros médiuns em regime de escala. O seu trabalho dentro do Templo é tão importante quanto o dos demais médiuns e, mesmo sem estar incorporado, ele é parte integrante de todo o trabalho espiritual, pois os Guias Espirituais se utilizam dele para retirar as energias que serão utilizadas no atendimento aos consulentes. Muitas vezes, um Guia Espiritual tem dificuldades de adentrar no íntimo do consulente devido à densidade energética presente na pessoa e lança mão da presença do cambono e, através deste, fazendo como que “uma ponte”, consegue auscultar o íntimo da pessoa.

Como o trabalho do cambono é de secretário, ele deve, antes de tudo e se possível com um dia ou mais de antecedência, deixar preparado todos os apetrechos de trabalho que costumam ser utilizado pela entidade a qual irá cambonear. Ele precisa saber os hábitos de trabalho da entidade em dias de atendimento ou, se for a sua primeira vez, deve se informar sobre o que precisará ter em mãos, caso seja pedido, evitando assim atrasos desnecessários durante as consultas. O cambono, na verdade, precisa ter conhecimento de todo o culto e de todas as entidades, precisando, então, prestar muita atenção a atuação delas durante a gira.

O cambono, antes de qualquer coisa, é pessoa de extrema confiança do Pai ou Mãe da casa, assim como da entidade que estiver atendendo; portanto, caso perceba qualquer coisa estranha, qualquer coisa que não faça parte dos procedimentos normais, deve reportar-se ao Guia-chefe ou ao Pai ou Mãe da casa na mesma hora. É por isso que é tão importante, e necessário, que o cambono saiba todos os procedimentos de trabalho e todas as normas da conduta que entidades e médiuns devem ter dentro do Templo.

O fato de auxiliar nas consultas exige que o cambono seja discreto e mantenha sigilo sobre tudo o que ouvir, não se esquecendo de que ali estão sendo tratados assuntos particulares e que não dizem respeito a ninguém além da pessoa que estiver sendo atendida e da entidade. O sigilo é um juramento de confiança que todo o cambono deve ter e fazer.

De vez em quando, todos médiuns, mesmo aqueles que incorporam, deveriam trabalhar como cambonos para poderem aprender mais e desenvolver a humildade, que é a característica mais importante que um médium deve ter.

Obs: Somente o Guia-Chefe deverá ter um cambono fixo e da confiança do sacerdote, pois provavelmente participará ativamente de todas as resoluções tomadas em relação a médiuns e ao Templo. Normalmente, o Guia-Chefe requer certa rapidez e presteza em seus atos e atendimentos, e só um cambono fixo poderá se prestar eficientemente como auxiliar.


Fonte: TRECHO EXTRAÍDO DO LIVRO: O ABC DO SERVIDOR UMBANDISTA 

AUTORIA: PAI JURUÁ – NO PRELO