A Linha de Ação e Trabalho dos Baianos |
Escrito por Mãe Lurdes de Campos Vieira |
"...Se um espírito missionário iniciou a corrente dos “baianos” é porque na Terra ele havia sido um Babalorixá baiano e continuou a sê-lo no plano espiritual. Ele havia sido um baiano cultuador dos orixás e continuou a sua missão em espírito, iniciando um dos mistérios da religião umbandista, pois só um mistério agrega sob sua égide e sua irradiação, tantos espíritos, com muitos deles só plasmando uma vestimenta baiana e um modo de comunicação peculiar...
São espíritos alegres, brincalhões, descontraídos ... São muito conselheiros, orientadores, aguerridos e chegados à macumba (dança ritual), durante a qual trabalham, enquanto giram com seus passos próprios”. (Rubens Saraceni – Umbanda Sagrada – Madras Ed.) O arquétipo adotado para a linha de ação e trabalho dos baianos da Umbanda é o culto aos antepassados ou a Egungun, aos tradicionais pais e mães de santo da Bahia, embora manifestem-se pais e mães de santo de todos os recantos do país. Esse arquétipo, segundo Pai Rubens Saraceni, foi criado justamente a partir daqueles que melhor sustentaram e popularizaram o culto aos Orixás no Brasil, ou seja, a figura alegre, curiosa, intrometida e extrovertida dos sacerdotes dos Orixás, com suas rezas, magias, quizilas, feitiços etc. e dos mestres e rezadores nordestinos. A gira dos baianos é sempre muito animada e essas entidades têm sempre respostas certeiras e rápidas para as nossas questões, para sabermos lidar com as adversidades diárias, com alegria e descontração. Os baianos e baianas apreciam as festas, com suas comidas e bebidas típicas. São chegados à dança ritual, durante a qual trabalham, enquanto giram com seus passos e danças próprios. |
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